MOSTRA DE VIDEODANÇA | VIDEO DANCE SHOWCASE

29 Set./Sep. |Quinta-feira/ Thursday | 11:00/11:00AM

Local/Venue: Escola Superior de Dança (Lisboa)

Duração total/Total duration: Aprox. 55’
Público-alvo: destinado a estudantes da Escola Superior Dança / Public: for dance students of Escola Superior de Dança

Sessão apresentada pela Direção Artística do Festival, Ana Macara / Session presented by the Festival’s Artistic Director, Ana Macara

AGUADEIRAS |PORTUGAL/BRASIL|

©Inês Sambas

Realização: Cris Marcondes e Inês Sambas
Coreografia e interpretação: Cris Marcondes
Fotografia: Inês Sambas
Figurinos: Sofia Ribeiro

As fontes de água podem ser consideradas territórios culturais da ancestralidade portuguesa e da ancestralidade de muitos povos. A mulher aguadeira sagra a água e chama a magia de tempos antigos e dos ancestrais, através do canto e do trabalho.
Neste filme, as autoras fazem um mergulho no gesto, nas vozes ancestrais, e nas águas. Movimentos permeados por cantos, tambores e rezos que remetem aos Universos líquidos do corpo. Traçando os caminhos sinuosos da água, atravessando portais, fronteiras, fontes, no limiar da queda e da dualidade da existência, onde o doce se torna salgado e onde a água da Ribeira pode ser uma só gota.

Inês Sambas (Lisboa, 1994) é uma artista visual, fotógrafa e realizadora. Vive e trabalha em Montemor-o-Novo desde 2019. É cocriadora do projecto “Laurear a Pevide” e da Produtora “Pernas Pr’andar”. Foi realizadora das séries documentais “Em Bom Alentejanês”, “Zé da Luz” e “Terra Sã” em 2021 e também da video-performance “Aguadeiras”. Em 2019 realizou a video-performance “Umbrales”, e em 2017 realizou as curtas-metragens “Viciada no Amor” e “Catican”. Faz vídeos, porque sente a urgência de registar e reanimar ofícios e saberes ancestrais. Considera que ir ao encontro dessa cultura e desse património imaterial, é uma forma de se permitir a si e a todos de se reconectarem com a terra e com o Sagrado. Alguns dos projectos mais importantes onde tem trabalhado de momento, são “Vozes de Mestres” (eventos e recolha etnográfica), “Danza Duende” (dançar a vida), “Healing Forest Portugal” (Trabalho de aproximação do Ser Humano à Natureza) e “Plantei.eu” (divulgação de práticas agrícolas e florestais regenerativas).

Cris Marcondes é uma artista brasileira com ancestralidade indígena e portuguesa. Pesquisadora em teatro, música e danças das culturas afro-ameríndias. Estudou Comunicação e Artes do Corpo pela PUC – Pontifícia Universidade Católica. Estudou com importantes mestres da dança e do teatro entre eles: no Brasil, Marilena Ansaldi (teatro-dança), Liliane Benevento (ballet clássico), Penha de Souza, Graziela Rodrigues, Rainer Vianna, Sonia Mota, Suzana Yamauchi, Ismael Ivo (butoh e dança-teatro), José Celso Martinez (teatro); no Egito, Shokry Mohamed, Mahmud Redá e Yousry Sharif (dança egípcia); na Europa, Stephen Petronio (UK), Piotr Terzawa (Wim Vandekeybus-Belgica/Suiça) (dança contemporânea); no Japão, Cia Papa Tarahumara (dança contemporânea); no Burkina Faso, Cie. Auguste Ouedraógo (Fusão da dança contemporânea e dança africana). Faz parte do APA ( Atelier de Pesquisa do Ator) com os mestres Carlos Simione (Cia.Lume) e Stephan Brodt (Amok Teatro) com 3 anos de investigação e criação de uma metodologia própria de teatro físico no Brasil, expandindo-se para Portugal.

Duração: 5’53’’

https://inessambas.wixsite.com/portefolio


EXPECTING |ISRAEL|

©Florencia Hermida 

Realização: Ori Lenkinski, Rachel Erdos, Efrat Mazor
Coreografia: Ori Lenkinski, Rachel Erdos
Filmagem e Edição: Efrat Mazor
Interpretação: Shuli Enosh, Olivia Court Mesa
Maquilhagem: Paula Fay
Figurinos: Shira Wise
Estilista: Ronnie Sharon
Música: Rachel’s

O período antes do nascimento é de antecipação. Onde agora há silêncio, em breve haverá som. Onde agora há braços vazios, em breve, esperamos, haverá uma pequena vida. Caminhamos pelos corredores das nossas casas imaginando o futuro próximo, tentando visualizar a mudança inconcebível que nos espera. Esperar é um filme de dança sobre estes momentos.

Ori Lenkinski é uma bailarina, coreógrafa e jornalista baseada em Tel Aviv. O seu trabalho, seja em palco, na Internet ou no papel, é dedicado a explorar a ligação entre as palavras e o movimento.
Nasceu no Canadá e foi criada nos Estados Unidos. De 2002 a 2011, Ori viveu em Nova Iorque, onde trabalhou de perto com a coreógrafa Noemie Lafrance. Em 2007, mudou-se para Tel Aviv. Em Israel, colaborou com uma longa lista de coreógrafos independentes, principalmente a britânica Rachel Erdos e o duo de teatro Anat Katz e Erez Maayan. Em 2015, Ori criou o dueto “The Painting” com Michal Hersonski. Em 2017, Ori criou “Portrait #2”, um dueto com Ruth Eshel inspirado na criação de Rachel Kafri, “Portrait of a Demagog”, de 1977. Em Junho de 2019, estreou “The Suit” como parte do Festival Tmuna Theater’s Intimadance. Em 2021, estreou um novo solo intitulado “Birth Preparation Course” no Akko International Festival for Fringe Theater, que faz atualmente parte do repertório do teatro marginal do Teatro Tmuna de Tel Aviv. Ori é ligeiramente alérgica ao ananás.

Rachel Erdos é uma premiada coreógrafa independente, israelo-britânica. Natural de Newcastle Upon Tyne, vive e trabalha em Tel Aviv desde 2002. Rachel concluiu mestrado no The Laban Centre London, em coreografia. O seu trabalho tem sido visto em todo o mundo, incluindo Bielorrúsia, China, Chipre, República Checa, Dinamarca, Alemanha, Hong Kong, Irlanda, Israel, Itália, Cazaquistão, Quirguistão, Senegal, Eslováquia, África do Sul, Suíça, Tajiquistão, Reino Unido, e EUA, em locais de prestígio como o Kennedy Centre em Washington D.C. e a Royal Opera House em Londres.

Efrat Mazor é fotógrafa, ex-bailarina e professora de dança. Explora o movimento do corpo utilizando a máquina fotográfica. Possui um B.Ed. e um certificado de professora de dança do Kibbutzim College. Mazor licenciou-se no Departamento de Dança da Thelma Yellin High School. De 1997 a 2000, viveu em Tóquio, graças a uma bolsa do Ministério da Cultura japonês para estudar artes de dança japonesa Butoh e Noh. Durante esse período, participou em vários projetos de dança e produziu uma noite a solo inspirada na cultura japonesa e no seu encontro com ela. De 2004 a 2006 foi membro das companhias Inbal Pinto e Avshalom Pollak e passou a ser a diretora de ensaio. Em 2014, começou a estudar na Escola de Fotografia Galitz, seguida de um estágio com a famosa fotógrafa da Companhia de Dança Batsheva, Gadi Dagon. Desde que terminou os seus estudos, Mazor tem fotografado muitas produções de dança importantes. Em 2020 começou a filmar e a editar vídeo. Criou o filme de dança “Rimona” em colaboração com a coreógrafa Noa Zamir, exibido no Festival Internacional de Cinema de Dança de Bucareste. Atualmente está a trabalhar numa série de filmes com Noa Zamir, com mulheres idosas a dançar. Em 2022, apresentará uma exposição conjunta com a coreógrafa e artista visual Efrat Rubin.

Duração: 5’05’’


QUEDA |BRASIL|

©Filipe Marcena

Realização: Filipe Marcena e Marcelo Sena
Coreografia e Interpretação: Filipe Marcena e Marcelo Sena
Cor: Germana Glasner
Música: Queda, da Rua do Absurdo
Produção: Cia. Etc.

Caindo de cara no chão. A videodança da Cia. Etc. do Brasil, realizada em parceria com a banda Rua do Absurdo, explora os limites de um quadro fixo e de um tempo dilatado, mas visto em timelapse. Foca-se também nos limites do confinamento em tempos pandémicos. Criado e realizado durante lockdown em 2020.

Filipe Marcena nasceu em 1988 em Recife, Pernambuco, Brasil. É formado em Cinema e Audiovisual pela Universidade Federal de Pernambuco, com um ano na University of Toronto, Canadá, através do programa Ciências Sem Fronteiras. Dirigiu o curta-metragem “Rua Cuba” (2016), exibido em oito festivais brasileiros. É bailarino e artista-criador na companhia de dança contemporânea Cia. Etc., onde dirigiu, produziu, fotografou e editou documentários, registros de espetáculos e videodanças como “Dança Macabra” (2017), “Dorival” (2018), “Queda” (2020), todos codirigidos com seu marido e colega de companhia Marcelo Sena. Também fez o documentário “Valdira” (2021).

Marcelo Sena nasceu em 1980 em Itapetinga, Bahia, Brasil. É graduado em jornalismo pela Universidade Federal do Sergipe. Fundou a companhia de dança Cia. Etc., já com 20 anos de carreira e com produção constante de espetáculos, videodanças, pesquisas, documentários, performances e conferências. É bailarino, realizador e artista-criador. Realizou as videodanças “Suspiro” (2011), “Fenda” (2019) e “Zaz” (2020) e codirigiu com Breno César a obra “Rebu” (2012). Com seu marido e colega de companhia Filipe Marcena, codirigiu “Dança Macabra” (2017), “Dorival” (2018) e “Queda” (2020).

Duração: 5’35’’

http://ciaetc.com.br/home/queda/


ORGAN PLAY 器官嬉戲 |TAIWAN|


Realização: 江峰 Feng Jiang
Interpretação: 江峰 Feng Jiang, Eugene Taylor, Joe Adia, Victor Spielberg Verdejo
Câmera: Gabbi Hnizdo
Design de som: Reed Shih-Hsin Liu 劉時新
Edição: Gabbi Hnizdo

O que são o sexo e o corpo sexual/sensual? Este trabalho oferece ao público experiências empáticas da sensação tátil e aural com coreografia sensual do corpo e da pele, imaginando e redefinindo a sexualidade humana. O que é a dança? Como pode ser capturada e apreciada de uma forma diferente?
O nosso corpo é um órgão sexual.
O nosso corpo é o nosso sexo.

江峰 Feng Jiang é artista multi-disciplinar não-binário, que trabalha entre géneros em movimento/dança, teatro, arte performativa, voz, texto, modelagem, filme, fotografia e teoria. Obteve a sua licenciatura em literatura inglesa e chinesa na Universidade Nacional de Taiwan em 2016. Em 2019, formou-se com um M.F.A. em Estudos da Performance pelo Pratt Institute. Recebeu Bolsa do Governo da República da Coreia para estudar e pesquisar dança no estrangeiro e “Bolsas para Escritores de 20-40 Anos” do Ministério da Cultura de Taiwan. Em Setembro de 2019, o seu novo trabalho “臺彎 Bent-Tai(www)” ganhou o prémio “Genuinely Fringe”, o terceiro prémio no Taipei Fringe Festival. Os seus trabalhos foram apresentados na Ásia, América e Europa em vários cenários artísticos. Em 2018, foi intérprete da obra “Wall-Floor Positions” na retrospetiva do MoMA “Bruce Nauman”: Atos Desaparecidos”.

Duração: 07’16’’

https://www.jiangfeng-mine.com/


I SEE |PORTUGAL|

©Ana Caridade

Realização: Framework Lab
Coreografia: Ana Caridade e Eduarda Tarroso Gomes

Quando os passos humanos se silenciam… as batidas marcam um novo início.
O mistério desvenda-se naquele jardim.
Os seres que ali habitam festejam a sua liberdade.
Criam narrativas, procuram novas possibilidades e buscam o encontro.
Não estamos sós…

A Framework Lab tem uma experiência acumulada na produção de conteúdos audiovisuais com mais de 7 anos, tendo participado em inúmeros projetos. Os conteúdos produzidos até à data são bastante diversificados, indo do registo documental até à produção de vídeos promocionais. Neste domínio, a equipa da Framework Lab conta com colaboradores altamente formados e especializados na produção de conteúdos multimédia inovadores, com uma forte direção visual e narrativa.

Ana Caridade é licenciada em Ciências Religiosas pela UCP. Mestre em Educação Artística pelo IPVC. Especializada em Educação Especial. Formação artística em dança, dança inclusiva e dança movimento terapia. É criadora e coordenadora da MOSAICO e Presidente da MUSA – Associação. Dedica-se à dança inclusiva com jovens e adultos, trabalhando em regime de aulas regulares, residências e criações artísticas. Torna-se diretora artística da CERCI Braga com a qual desenvolve vários projetos inclusivos e com a comunidade. Atualmente, é diretora artística da APCB – Associação de Paralisia Cerebral de Braga e do projeto InPulsar, no âmbito do programa Cultura para Todos com a CIM do Cávado. Em contexto escolar, desenvolve projetos de educação artística e dança inclusiva. Investigadora e autora de vários livros e artigos científicos.

Eduarda Tarroso Gomes é professora de Educação Física, Expressão Corporal e Dramática e de Educação Estética. Realizou as pós-graduações em Dança em Contextos Educativos na FMH, Educação Artística pela ESE de Viana do Castelo e o Curso de Dança na Comunidade, no Fórum Dança, e conclui, em 2021, o curso de Formação Profissional de Especialização em Dança Movimento Terapia. Frequentou aulas de Dança Contemporânea e Teatro.
Dinamiza projetos de Dança Educativa fundindo a Dança com outras linguagens artísticas. Tem trabalhado com crianças e jovens na área da educação artística. Tem trabalho no âmbito da Educação Inclusiva através de projetos de Dança Inclusiva com alunos com medidas adicionais e com jovens e adultos da CERCI Braga, em aulas regulares e colaborando na preparação de espetáculos. Dinamiza oficinas de dança inclusiva no projeto InPulsar, Cultura para Todos com a CIM do Cávado.

Duração: 5’29’’


REGISTRO FRANKENSTEIN |BRASIL|

©Regina Protskof

Realização e Coreografia: Fabiane Severo
Edição de vídeo: Ricardo Vivian
Edição e criação de som: Álvaro RosaCosta
Produção: Coletivo Projeto Gompa

Registro Frankenstein é um projeto de pesquisa de diferentes narrativas, exploração de possibilidades e expressões de inquietudes. Por meio de uma mestiçagem cénica, conta-se a trajetória de um ser gerado a partir de outros seres e que tenta se adaptar ao mundo atual, mesmo sentindo que nada do que faz é suficiente.
O vídeo propõe uma reflexão acerca das nossas relações de pertencimento, de identificação ou ausência de identificação, questionando o quanto nos sentimos incluídos ou parte de algo, ao mesmo tempo em que propõe um estudo dos movimentos e imagens do corpo humano. Para isso, Fabiane Severo, bailarina/atriz/performer, mostra que o corpo que se forma a partir de fragmentos, texturas, gestos, transparências, sombras, sons e palavras constrói uma atmosfera enigmática e onírica. Evoca-se com este projeto de vídeo uma sensação de estranhamento, ao mesmo tempo em que ele se percebe refletido nas imagens e textos. A produção de outras formas estéticas nas quais o feio ganha espaço em detrimento do belo e da forma entendida como bem-acabada. Desconectar e reconectar os pedaços corporais criando um novo corpo a partir disso.
Para a construção de Registro Frankenstein, partimos da primeira obra de ficção científica, escrita por uma mulher, Mary Shelley (o que na época gerou muitos ruídos e controvérsias). Neste sentido, pensamos a ideia de um Frankenstein mulher que se desdobra em diferentes linguagens. Com os altos índices de feminicídio no Brasil, é preciso sensibilizar a população para o respeito pelo corpo e modo de pensar da mulher, de modo sensível.

O Projeto GOMPA é um coletivo de artistas que desenvolve projetos de experimentação em dramaturgia e linguagem cénica, pesquisando cruzamentos entre teatro, dança, música, artes visuais e audiovisual, com ênfase na fusão das diferentes artes como princípio narrativo. As criações são feitas em colaboração com artistas de diferentes escolas e companhias.

Fabiane Severo é bailarina/performer/produtora e pós graduada em Dança pela PUC/RS (2004). Atuou na GEDA Cia de Dança (2002 – 2017). Esteve com as obras “Il faut trouver” e ”Não me toque estou cheia de lágrimas” em eventos nacionais e internacionais. Em 2017, iniciou o trabalho no Coletivo Projeto Gompa como bailarina e atriz com os seguintes trabalhos: performance no Prémio Ibsen Scholarship, 2017 (Skien/Noruega), elenco de “Inimigos na Casa de Bonecas” (2018 e 2019), “Chapeuzinho Vermelho”, com texto de Joel Pommerat (2017 – 2019), Frankenstein (2019). Em 2020, estreia o espetáculo infantil “Frankinh@ – uma história em pedacinhos”, e tem participação especial com a Cia Incomode-te no espetáculo “Palácio do Fim”, com texto de Judith Thompson.

Duração: 5’01’’

http://www.projetogompa.com/


FOR YOU |PORTUGAL|

©Bruno Simão

Realização: Bruno Simão
Coreografia: Ana Silva

A praia está deserta, o sol já se pôs, não se ouvem gaivotas, o vento parou, o corpo está na água, silêncio, tudo está calmo e frio… como o teu coração.

Bruno Simão, 43 anos, natural de Lisboa. Tem uma Licenciatura em Teatro – Formação de Atores na Escola Superior de Teatro e Cinema, onde trabalhou com encenadores prestigiados, tais como Rogério de Carvalho, Carlos Pessoa, João Brites, Francisco Camacho, Jean-Paul Bucchieri, entre outros. Trabalhou entre 2000 e 2009 como ator em teatro, televisão, cinema e “performance art”. Em 2008 concretizou a sua primeira encenação em teatro numa coprodução com o Teatro Casa Conveniente e continua no presente momento a fazer trabalhos de forma mais esporádica como ator e cenógrafo/figurinista em produções teatrais. Em 2010 tirou o curso profissional de fotografia do Instituto Português de Fotografia de Lisboa (IPF) e trabalhou como fotojornalista para a revista Visão e jornal Negócios até 2018. No presente trabalha como fotógrafo em regime freelancer, na cobertura fotográfica de espetáculos de dança, teatro e música, colaborando com várias instituições como a Companhia Nacional de bailado, Teatro Nacional de São Carlos, Culturgest, Teatro Nacional Dona Maria II e festivais de arte e cinema como Boca Bienal, MotelX e Monstra e outros tantos criadores individuais.

Ana Silva nasceu em 1998 em Vila do Conde, distrito do Porto. Iniciou em 2013 os seus estudos em danças urbanas, licenciou-se em Dança pela Escola Superior de Dança e em 2018 fez um estágio na peça “Um Vale do Aqui” de Daniel Matos para a companhia CAMA. Em 2019 fez assistência de ensaios para FIT(IN), de Yola Pinto e João de Brito. Em 2020 iniciou um estágio na Companhia Olga Roriz e co-criou uma performance de videoarte com Nuno Veiga para a Fundação Eugénio de Almeida, em Évora. Interpretou as peças “Seis meses depois” (2020) de Olga Roriz, IGNIS (2020) de Amélia Bentes, “Apocalipse 2020” (2021) de Alice Joana Gonçalves, “Pólis” de Paulo Mota (2021), “Longue Marche” (2021) de Rodrigo Teixeira, “Dust” de Joana Borges (2021), “Uma água por favor” de Maria Abrantes e João Sanchez (2021), “Fraternidade” I e II de Miguel Moreira (2021); “Má Educação” da companhia Formiga Atómica com Victor Hugo Pontes (2022).

Duração: 4’


LIEBESTRÄUME |JAPÃO|


Realização: Naoto Iina
Coreografia: Ohno Yoshito
Interpretação: Ohno Yoshito e Kawaguchi Takao

O bailarino de Butoh Yoshito Ohno manipula um fantoche do seu pai, Kazuo Ohno, que é um dos fundadores do Butoh. Ou será que a marioneta o está a manipular ele? O olhar de Yoshito para as costas do fantoche do seu pai é por vezes rígido, odioso, mas é também gentil, de admiração e cheio de respeito. ‘Liebesträume’ foi filmado no estúdio de dança de Kazuo Ohno, o lendário e histórico estúdio cheio de conflitos entre pai e filho. O espaço está cheio de cartazes, adereços, fatos do dia, e uma foto de Kazuo com Pina Bausch. ‘Liebesträume’ é baseado nas filmagens de Yoshito Ohno na performance de palco ‘On Kazuo Ohno’ de Takao Kawaguchi, editada como uma versão alternativa de curta-metragem. O título japonês é 愛の夢(Ai-no-yume).

Naoto Iina é videógrafo, realizador, dramaturgo, cenógrafo visual e produtor. É o fundador do Dance and Media Japan e do Festival Internacional de Cinema de Dança. É também professor associado na Universidade Zokei de Tóquio e professor na Academia de Teatro Za Koenji. Recentemente tem trabalhado de forma transversal com vídeo, dança e texto. É responsável pela direção, composição, filmagem e edição do programa de Butoh online “Re-Butoooh” (NPO Dance Archive Network).

Nascido em Tóquio em 1938, Yoshito Ohno estreou-se no papel do jovem em Kinjiki (Forbidden Colours) dirigido por Tatsumi Hijikata em 1959. Ao longo da década de 1960 esteve ativo em espetáculos de Butoh até se reformar em 1969. O seu regresso foi em 1985, quando apareceu ao lado de Kazuo Ohno em “The Dead Sea”; depois disso, continuou a dirigir todas as atuações de palco do Ohno sénior. Nos últimos anos tem colaborado com a bailarina Julia Anne Stanzak e Eddie Martinez do Tanztheater Wuppertal em “The Promising Morning” (2010), em colaboração com Antony e os Johnsons em “Antony and the Ohnos” (2010), bem como na criação de uma obra a solo “Flower and Bird” (2013).

Duração: 7′ 54”

http://www.kazuoohnodancestudio.com/english/index.html


SUBLIME ENFADO (SUBLIME ANGER) |PORTUGAL|

©Nuno Madeira

Realização e Ideia Original: Alicia Soto, Jùlio Martín da Fonseca, Pedro Sena Nunes.
Coreografia e Interpretação: Alicia Soto
Dramaturgia: Alicia Soto e Jùlio Martín da Fonseca
Realização: Pedro Sena Nunes
Direção de Fotografia: Nuno Madeira
Edição: João Dias
Som Ambiente: Nuno Rua
Artista Plástica: Dina Figueiredo
Música: Helena Reis

Produção: Alicia Soto, Hojarasca e VoArte
Em parceria com: TUT – Teatro Académico da ULisboa, Instituto Superior de Agronomia, Casa da Guia, Cascais.

“Sublime Enfado” é uma obra digital resultado do encontro entre a coreógrafa e bailarina espanhola Alicia Soto e os artistas portugueses Júlio Martín da Fonseca (ator e encenador), Pedro Sena Nunes (cineasta), e Dina Figueiredo (artista visual), com a colaboração de Helena Reis (compositora). A raiva sublime é um sentimento, uma perturbação, um questionamento da existência, da vida, entre a morte e o renascimento… Brota como matéria fluida e espírito, uma mistura alquímica, vegetal, mineral, flamejante, vaporosa…. Ascensões e descidas de um corpo e de uma alma que procuram no sonho e no real por algo mais… Mãos e olhares que perscrutam a madeira que faz a cultura e a terra que sustenta a natureza… Adormecer e acordar entre folhas e fragmentos de transparências iridescentes de uma unidade ou plenitude perdida ou a ser reinventada….

Realizador, produtor, fotógrafo, professor e consultor artístico, Pedro Sena Nunes, trabalha atualmente como Diretor Artístico da Vo’Arte, onde faz programação de vários festivais de dança e vídeo.
Nos últimos 20 anos dedicou-se intensamente à área pedagógica, gerindo laboratórios dedicados à criação e experimentação, para géneros documentais ou ficcionais. É diretor criativo e coordenador pedagógico da ETIC e foi coordenador da Pós-Graduação em Vídeo Dança na ESTAL – Escola Superior de Tecnologias e Artes de Lisboa. Ele segue um doutorado. programa em Artes (artes cénicas e imagem em movimento).

Alicia Soto é bailarina, coreógrafa e pedagoga. É formada em coreografia e interpretação pelo “Institut del Teatre” Escuela Superior de Arte Dramático y Danza de Barcelona. Atualmente é Delegada de Dança da Academia de Artes Dramáticas. Em 2000 assumiu a direção artística e coreografia da companhia Alicia Soto-Hojarasca, desenvolvendo criação contemporânea baseada na inovação, no encontro entre a dança e o teatro, e no uso de novas tecnologias. Encenou cerca de trinta espetáculos, alguns dos quais nomeados para os prémios MAX. As suas produções têm sido co-produzidas por importantes festivais e teatros: Teatro Calderón, Valladolid, Festival Mercat de les Flors.

Duração: 9’49”

https://hojarasca-danza.com/


AGUADEIRAS |PORTUGAL/BRAZIL|

Direction: Cris Marcondes and Inês Sambas
Choreography and Performance: Cris Marcondes
Cinematography and Montage: Inês Sambas
Costume Design: Sofia Ribeiro

Water fountains can be considered cultural territories of Portuguese ancestry and the ancestry of many peoples. The “aguadeira” (waterwoman) sacred the water and called upon the magic of ancient and ancestral times, through song and work.
In this film, the authors dive into the gesture, the ancestral voices, and the water. Movements permeated by chants, drums and prayers that refer to the liquid universes of the body. Tracing the winding paths of water, crossing portals, borders, fountains, on the threshold of the fall and the duality of existence, where sweet becomes salty and where the water of the river can be a single drop.

Inês Sambas (Lisbon, 1994) is a visual artist, photographer and film director. She lives and works in Montemor-o-Novo since 2019. She is the co-creator of project “Laurear a Pevide” and the production company “Pernas Pr’andar”. She was director of the documentary series “Em Bom Alentejanês”, “Zé da Luz” and “Terra Sã” in 2021 and also the video-performance “Aguadeiras”. In 2019 she directed the video-performance “Umbrales”, and in 2017 she directed the short films “Viciada no Amor” and “Catican”. She makes videos because she feels the urgency to record and revive ancestral crafts and knowledge. She considers that going towards this culture and this immaterial heritage is a way of allowing herself and everyone to reconnect with the land and the Sacred. Some of the most important projects she is currently working on are “Vozes de Mestres” (events and ethnographic collection), “Danza Duende” (dancing life), “Healing Forest Portugal” (bringing the Human Being closer to Nature) and “Plantei.eu” (dissemination of regenerative agricultural and forestry practices).

Cris Marcondes is a Brazilian artist with indigenous and Portuguese ancestry. Researcher in theatre, music and dance of Afro-American cultures. She studied Communication and Arts of the Body at PUC (Pontifícia Universidade Católica). She studied with important masters of dance and theatre: in Brazil, Marilena Ansaldi (theatre-dance), Liliane Benevento (classical ballet), Penha de Souza, Graziela Rodrigues, Rainer Vianna, Sonia Mota, Suzana Yamauchi, Ismael Ivo (butoh and dance-theatre), José Celso Martinez (theatre); in Egypt, Shokry Mohamed, Mahmud Redá and Yousry Sharif (Egyptian dance); in Europe, Stephen Petronio (UK), Piotr Terzawa (Wim Vandekeybus-Belgium/Switzerland) (contemporary dance); in Japan, Cia Papa Tarahumara (contemporary dance); in Burkina Faso, Cie. Auguste Ouedraógo (contemporary dance and African dance fusion). She is part of the APA (Atelier de Pesquisa do Ator) with the masters Carlos Simione (Cia.Lume) and Stephan Brodt (Amok Teatro) with 3 years of research and creation of his own methodology of physical theatre in Brazil, expanding to Portugal.

Duration: 5’53’’

https://inessambas.wixsite.com/portefolio


EXPECTING |ISRAEL|

Direction: Ori Lenkinski, Rachel Erdos, Efrat Mazor
Choreography: Ori Lenkinski, Rachel Erdos
Film and Editing: Efrat Mazor
Performance: Shuli Enosh, Olivia Court Mesa
Make Up: Paula Fay
Costume Concept: Shira Wise
Styling: Ronnie Sharon
Music: Rachel’s

The period before birth is one of anticipation. Where now there is quiet, soon there will be sound. Where now there are empty arms, soon, we hope, there will be a small life. We walk the halls of our homes imagining the near future, attempting to visualize the inconceivable change that awaits us. Expecting is a dance film about these moments.

Ori Lenkinski is a Tel Aviv-based dancer, choreographer and journalist. Her work, be it on stage, the Internet or on paper, is devoted to exploring the connection between words and movement.
She was born in Canada and raised in the United States. From 2002 through 2011, Ori lived in New York City where she worked closely with site specific choreographer Noemie Lafrance. In 2007, Ori relocated to Tel Aviv. In Israel, she has collaborated with a long list of independent choreographers mainly British choreographer Rachel Erdos and the theater duo Anat Katz and Erez Maayan. In 2015, Ori created the duet “The Painting” with Michal Hersonski, a site-specific work including a large table, which has been performed throughout Israel. In 2017, Ori created “Portrait #2”, a duet with Ruth Eshel inspired by Rachel Kafri’s 1977 creation ”Portrait of a Demagog”. In June 2019, Ori premiered “The Suit” as part of Tmuna Theater’s Intimadance Festival. In 2021, she premiered a new solo entitled “Birth Preparation Course” at the Akko International Festival for Fringe Theater, which is currently part of the fringe theater repertoire at Tel Aviv’s Tmuna Theater. She is mildly allergic to pineapples.

Rachel Erdos is an award-winning, independent, British-Israeli choreographer. She is from Newcastle Upon Tyne, and has lived and worked in Tel Aviv since 2002. Rachel received her MA from The Laban Centre London, specializing in choreography. Her work has been seen around the world including Belarus, China, Cyprus, Czech Republic, Denmark, Germany, Hong Kong, Ireland, Israel Italy, Kazakhstan, Kyrgyzstan, Senegal, Slovakia, South Africa, Switzerland, Tajikistan, the UK, and the USA, at prestigious venues such as the Kennedy Centre in Washington D.C. and the Royal Opera House in London.

Efrat Mazor is a photographer and former dancer and dance teacher. She explores the movement of the body using a camera. She holds a B.Ed. and a dance teacher’s certificate from the Kibbutzim College. Mazor graduated from the Thelma Yellin High School Dance Department. From 1997 to 2000, she lived in Tokyo, thanks to a grant from the Japanese Ministry of Culture to study Japanese dance arts Butoh and Noh. During that time, she participated in several dance projects and produced a solo evening inspired by Japanese culture and her meeting with it. From 2004 to 2006 she was a company member in the Inbal Pinto and Avshalom Pollak dance companies and went on to become the troupe’s rehearsal director. In 2014, she began studying at the Galitz School of Photography followed by an internship with famed Batsheva Dance Company photographer Gadi Dagon. Since finishing her studies, Mazor has photographed many important dance productions. In 2020 she began filming and editing video. She created the dance film “Rimona” in collaboration with choreographer Noa Zamir, which was screened at the Bucharest International Dance Film Festival. She is currently working on a series of films with Noa Zamir featuring elderly women dancing. In 2022 she will present a joint exhibition with the choreographer and visual artist Efrat Rubin.

Duration: 5’05’’


QUEDA |BRAZIL|

Direction: Filipe Marcena and Marcelo Sena
Choreography and Performance: Filipe Marcena and Marcelo Sena
Grading: Germana Glasner
Music: Queda, da Rua do Absurdo

Falling face down on the floor. The videodance produced in partnership with the band Rua do Absurdo, explores the limits of a fixed frame and a dilated time, but seen in timelapse. It also focuses on the limits of confinement in pandemic times. Created and performed during lockdown in 2020.

Filipe Marcena was born in 1988 in Recife, Pernambuco, Brazil. He graduated in Cinema and Audiovisual from the Federal University of Pernambuco, with a year at the University of Toronto, Canada, through the Science Without Borders program. He directed the short film RUA CUBA (2016), screened in eight Brazilian festivals. He is a dancer and artist-creator in the contemporary dance company Cia. Etc., where he directed, produced, photographed and edited documentaries, performance records and videodances such as DANÇA MACABRA (2017), DORIVAL (2018), QUEDA (2020), all co-directed with his husband and company colleague Marcelo Sena. He also made the documentary VALDIRA (2021).

Marcelo Sena was born in 1980 in Itapetinga, Bahia, Brazil. He graduated in journalism at the Universidade Federal do Sergipe. He founded the dance company Cia. Etc., with a 20-year career and a constant production of performances, video dance, research, documentaries, performances and conferences. He is a dancer, director and artist-creator. He directed the video dances SUSPIRO (2011), FENDA (2019) and ZAZ (2020) and co-directed with Breno César the work REBU (2012). With his husband and company colleague Filipe Marcena, he co-directed DANÇA MACABRA (2017), DORIVAL (2018) and QUEDA (2020).

Duration: 5’35’’

http://ciaetc.com.br/home/queda/


ORGAN PLAY 器官嬉戲 |TAIWAN|

Direction: 江峰 Feng Jiang
Performance: 江峰 Feng Jiang , Eugene Taylor, Joe Adia, Victor Spielberg Verdejo
Cinematography: Gabbi Hnizdo
Music Design: Reed Shih-Hsin Liu 劉時新
Edition: Gabbi Hnizdo

What are sex and the sexual/sensual body? This work offers the audience empathic experiences of the tactile and aural sensation with the sensual choreography of the body and skin, re-imagining and re-defining human sexuality. What is dance? How can it be captured and appreciated in a different way?
Our body is a sexual organ.
Our body is our sex.

江峰 Feng Jiang is a non-gendered, multi-disciplinary artist working across-genres in movement/dance,
theatre, performance art, voice, text, modeling, film, photography, and theory. He attained her B.A. in English and Chinese literature from National Taiwan University in 2016. In 2019, they graduated with an M.F.A. degree in Performance and Performance Studies from Pratt Institute. They are the receiver of the R.O.C. Government Fellowship to study and research dance abroad and “Grants for 20-40-Year-Old Writers” from the Ministry of Culture in Taiwan. In September 2019, her new work “臺彎 Bent-Tai(www)” won the “Genuinely Fringe” award, the third prize in Taipei Fringe Festival. His works have been presented in Asia, America, and Europe in various artistic scenarios. In 2018, they were selected to be the performer of the work “Wall-Floor Positions” in the MoMA retrospective “Bruce Nauman: Disappearing Acts.”

Duração: 07’16’’

https://www.jiangfeng-mine.com/


I SEE |PORTUGAL|

Direction: Framework Lab
Choreography: Ana Caridade and Eduarda Tarroso Gomes

When human footsteps fall silent… knocks mark a new beginning.
Mystery unveils itself in that garden.
The beings that live there celebrate their freedom.
They create narratives, search for new possibilities and seek an encounter.
We are not alone…

Framework Lab has an accumulated experience in the production of audiovisual content with more than 7 years, having participated in numerous projects. The contents produced to date are quite diverse, ranging from documentary recording to the production of promotional videos. In this field, Framework Lab’s team has highly trained collaborators specialised in the production of innovative multimedia contents, with a strong visual and narrative direction.

Ana Caridade has a degree in Religious Sciences from UCP. Master in Artistic Education by the IPVC. Specialised in Special Education. Artistic training in dance, inclusive dance and dance movement therapy. She is creator and coordinator of MOSAICO and President of MUSA – Association. She dedicates herself to inclusive dance with young people and adults, working in regular classes, residencies and artistic creations. She became artistic director of CERCI Braga where she developed several inclusive projects and with the community. Currently, she is artistic director of the APCB – Cerebral Palsy Association of Braga and of the InPulsar project, under the Culture for All programme with CIM do Cávado. In school contexts, she develops artistic education and inclusive dance projects. Researcher and author of several books and scientific articles.

Eduarda Tarroso Gomes is a Physical Education, Body and Dramatic Expression and Aesthetic Education teacher. She did postgraduate studies in Dance in Educational Contexts in FMH, Artistic Education in ESE of Viana do Castelo and the Dance in the Community Course, in Forum Dance, and in 2021 she finished the Professional Training Course in Dance Movement Therapy. She has attended classes in Contemporary Dance and Theatre.
Dynamic projects of Educational Dance merging Dance with other artistic languages. She has been working with children and young people in the area of artistic education, and worked in the scope of Inclusive Education through Inclusive Dance projects with students with additional measures and with young people and adults from CERCI Braga, in regular classes and collaborating in the preparation of performances. She runs inclusive dance workshops in the InPulsar, Cultura para Todos project with CIM do Cávado.

Duração: 5’29’’


REGISTRO FRANKENSTEIN |BRAZIL|

Direction and Choreography: Fabiane Severo
Video edit: Ricardo Vivian
Sound Design: Álvaro Rosa Costa
Production: Coletivo Projeto Gompa

“Registro Frankenstein” (Frankenstein Record) is a research project of different narratives, exploration of possibilities and expressions of restlessness. Through a scenic miscegenation, it tells the trajectory of a being generated from other beings trying to adapt to the current world, feeling that nothing he does is enough.
The video proposes a reflection about our relationships of belonging, of identification or lack of identification, questioning how much we feel included or part of something, at the same time it proposes a study of the movements and images of the human body. For this, Fabiane Severo, dancer/actress/performer, shows that the body which is formed from fragments, textures, gestures, transparencies, shadows, sounds and words builds an enigmatic and oneiric atmosphere. The production of other aesthetic forms in which the ugly gains space to the detriment of the beautiful and of the form understood as well finished. Disconnecting and reconnecting the body pieces creating a new body from that.
For the construction of Frankenstein Record, we start from the first work of science fiction, written by a woman, Mary Shelley (which at the time generated a lot of noise and controversy). In this sense, we think of the idea of a woman Frankenstein that unfolds in different languages. With the high rates of femicide in Brazil, it is necessary to sensitize the population to respect the body and the way of thinking about women, in a sensitive way.

GOMPA Project is a collective of artists that develops experimental projects in dramaturgy and scenic language, researching intersections between theater, dance, music, visual arts and audiovisual, with emphasis on the fusion of different arts as a narrative principle. The creations are made in collaboration with artists from different schools and companies.

Fabiane Severo is a dancer/performer/producer and post-graduate in Dance from the PUC/RS (2004). She worked with GEDA Cia de Dança (2002 – 2017). She performed in “Il faut trouver” and “Não me toque estou cheia de lágrimas” in national and international events. In 2017, she started working in the Gompa Project Collective as a dancer and actress with the following works: performance in the Ibsen Scholarship Award, 2017 (Skien/Noruega), casting of ”Enemies in the Doll House” (2018 and 2019), ”Little Red Riding Hood”, with text by Joel Pommerat (2017 – 2019), Frankenstein (2019). In 2020, she premieres the children’s show “Frankinh@ – uma história em pedacinhos”, and has a special participation with Cia Incomode-te in the show “Palace of the End”, with text by Judith Thompson.

Duração: 5’01’’

http://www.projetogompa.com/


FOR YOU |PORTUGAL|

Direction: Bruno Simão
Choreography: Ana Silva

The beach is deserted, the sun has set, no seagulls are heard, the wind has stopped, the body is in the water, silence, everything is calm and cold… just like your heart.

Bruno Simão, 43 years old, was born in Lisbon. He has a degree in Theatre – Actor Training at Escola Superior de Teatro e Cinema, where he worked with prestigious directors such as Rogério de Carvalho, Carlos Pessoa, João Brites, Francisco Camacho, Jean-Paul Bucchieri, among others. He worked between 2000 and 2009 as an actor in theatre, television, cinema and performance art. In 2008 he achieved his first staging in theatre in a co-production with Teatro Casa Conveniente and continues at the present time to work more sporadically as an actor and set designer/figurist in theatre productions. In 2010 he took the professional photography course at the Portuguese Photography Institute of Lisbon (IPF) and worked as a photojournalist for Visão magazine and Negócios newspaper until 2018. At present he works as a freelance photographer in the photographic coverage of dance, theatre and music shows, collaborating with various institutions such as the National Ballet Company, National Theatre of São Carlos, Culturgest, National Theatre Dona Maria II and art and film festivals such as Boca Bienal, MotelX and Monstra and many other individual creators.

Ana Silva was born in 1998 in Vila do Conde, district of Oporto. She started her studies in urban dance in 2013, and graduated in Dance by Escola Superior de Dança and in 2018. She did an internship in the piece “Um Vale do Aqui” by Daniel Matos for the company CAMA. In 2019 she did rehearsal assistance for FIT(IN), by Yola Pinto and João de Brito. In 2020 she started an internship at Companhia Olga Roriz and co-created a video art performance with Nuno Veiga for Fundação Eugénio de Almeida, in Évora. She performed in the plays “Seis meses depois” (2020) by Olga Roriz, IGNIS (2020) by Amélia Bentes, “Apocalipse 2020” (2021) by Alice Joana Gonçalves, “Pólis” by Paulo Mota (2021), “Longue Marche” (2021) by Rodrigo Teixeira, “Dust” by Joana Borges (2021), “Uma água por favor” by Maria Abrantes and João Sanchez (2021), “Fraternidade” I and II by Miguel Moreira (2021); “Bad Education” by the company Formiga Atómica with Victor Hugo Pontes (2022).

Duração: 4’


LIEBESTRÄUME |JAPAN|

Direction: Naoto Iina
Choreography: Ohno Yoshito
Performance: Ohno Yoshito and Kawaguchi Takao

Butoh dancer Yoshito Ohno manipulates a puppet of his father, Kazuo Ohno, who is one of the founders of Butoh. Or is the puppet manipulating him? Yoshito’s gaze toward his father’s puppet back is sometimes rigid, hateful, but also kind, admiring, and full of respect. ‘Liebesträume’ was filmed in Kazuo Ohno Dance Studio, the legendary and historical studio full of conflict between father and son through dance. The space is full of posters, props, costumes of the day, and a photo of Kazuo with Pina Bausch. ‘Liebesträume’ is based on the footage of Yoshito Ohno in the stage performance ‘On Kazuo Ohno’ by Takao Kawaguchi, edited as an alternative short film version. The Japanese title is 愛の夢(Ai-no-yume).

Naoto Iina is a videographer, director, dramaturg, visual scenographer and producer. Iina is the founder of Dance and Media Japan and International Dance Film Festival. He is also an Associate professor at Tokyo Zokei University and lecturer at Za Koenji Theatre Academy. Recently he has been working on cross-genre works with video, dance and text. He is in charge of direction, composition, filming and editing of the online Butoh program “Re-Butoooh” (NPO Dance Archive Network).

Born in Tokyo in 1938, Yoshito Ohno stage debut was in the role of the young boy in Kinjiki (Forbidden Colours) directed by Tatsumi Hijikata in 1959. Throughout the 1960s he was active in Butoh performances until he retired in 1969. His comeback was in 1985 when he appeared alongside Kazuo Ohno in “The Dead Sea”; thereafter he continued to direct all of Ohno senior’s stage performances. In recent years he has collaborated with the Tanztheater Wuppertal dancers’ Julia Anne Stanzak and Eddie Martinez in “The Promising Morning” (2010), co-performed with Antony and the Johnsons in “Antony and the Ohnos” (2010), as well creating a solo work “Flower and Bird” (2013).

Duração: 7′ 54”

http://www.kazuoohnodancestudio.com/english/index.html


SUBLIME ENFADO (SUBLIME ANGER) |PORTUGAL|

Direction and Original Idea: Alicia Soto, Jùlio Martín da Fonseca, Pedro Sena Nunes
Choreography and Performance: Alicia Soto
Dramaturgy: Alicia Soto and Jùlio Martín da Fonseca
Direction: Pedro Sena Nunes
Camera: Nuno Madeira
Edition: João Dias
Sound Landscape: Nuno Rua
Plastic Artist: Dina Figueiredo
Musical Arrangement: Helena Reis

Production: Alicia Soto, Hojarasca and VoArte
In partnership with: TUT – Teatro Académico da ULisboa, Instituto Superior de Agronomia, Casa da Guia, Cascais.

“Sublime Anger” is a digital work resulting from the meeting between the Spanish choreographer and dancer Alicia Soto and the Portuguese artists Júlio Martín da Fonseca (actor and stage director), Pedro Sena Nunes (filmmaker), and Dina Figueiredo (visual artist), with the collaboration of Helena Reis (composer). Sublime Anger is a feeling, a disturbance, a questioning of existence, of life, between death and rebirth… It flows like fluid matter and spirit, an alchemical, vegetable, mineral, flaming, vaporous mixture… Ascents and descents of a body and a soul that search in the dream and in the real for something more… Hands and glances that scrutinize the wood that makes culture and the earth that sustains nature… Falling asleep and waking up among leaves and fragments of iridescent transparencies of a unity or fullness lost or to be reinvented….

Director, producer, Photographer, teacher and artistic consultant, Pedro Sena Nunes, currently works as Vo’Arte Artistic Director, where he co-programs various dance and video festivals.
In the last 20 years he devoted himself intensely to the pedagogical area, managing laboratories dedicated to creation and experimentation, for documental or fictional genders. He is creative director and pedagogical coordinator of ETIC and was coordinator of Video Dance Post-Graduation in ESTAL – Escola Superior de Tecnologias e Artes de Lisboa. He follows a PhD. program in Arts (performing arts and moving image).

Alicia Soto is a dancer, choreographer and pedagogue. She graduated in choreography and performance by “Institut del Teatre” Escuela Superior de Arte Dramático y Danza in Barcelona. At the present she is the Dance Delegate of the Academy of Performing Arts. In 2000 she assumed the artistic direction and choreography of Alicia Soto-Hojarasca Company, developing a contemporary creation based on innovation, in the encounter between dance and theater, and the use of new technologies. She has staged around thirty shows, some of which have been nominated for MAX awards. Her productions have been co-produced by important festivals and theaters: Teatro Calderón, Valladolid, Festival Mercat de les Flors…

Duração: 9’49”

https://hojarasca-danza.com/