26 Set./set. | 18:00
Venue/Local: Fnac Almada

1 Oct./out. | 9:00
Venue/Local: Faculdade de Motricidade Humana*

4 Oct./out. | 15:00
Venue/Local: Academia Almadense – Auditório Osvaldo Azinheira
Session commentary by Doutora Madalena Xavier in collaboration with Escola Superior de Dança/ Sessão comentada pela Doutora Madalena Xavier em colaboração com a Escola Superior de Dança

Body and Form/Corpo e Forma

The presence of the body, singular or plural, marks this session centred in formal perspectives. Pieces where the exploration and manipulation of body shape embody original and emotionally enhancing pieces./A presença do corpo, no singular ou no plural, marca esta sessão dominada por aspetos formais. Peças onde a exploração e manipulação das formas corporais dá corpo a peças originais e potenciadoras de emotividade.

photo/foto Charlotte Colmant, Samuel Boujnah
RESONANCE
Charlotte Colmant / Samuel Boujnah |FR|

Choreography: Charlotte Colmant
Video Direction: Samuel Boujnah

Resonance is a mirroring duet, between two dancers, stuck in their personal space. Dancers resonate to each other, as the same person, forming a blurring echo of their own body. The video is questioning the concept of identity, danger of intimacy. The camera acts like an external element, but still very present, as a “voyeurist” eye, creating a tension between the caption of the images and the dancer themselves.

Originally from Paris, Charlotte Colmant moved in New York after graduating from the Sorbonne University and Le Centre des Arts Vivants. She continued her dance studies at the Martha Graham School in New York City. As a dancer, she has worked with various artists including Linda Tegg (MOMA), Caleb Hammond (M.I.T.), LEIMAY and Sidra Bell. Some of her choreographic and video works has been presented and performed in New York at the Muriel Schulman Theater (Triskelion Arts), Wild Project (THE CURRENT SESSIONS), Center for Performance Research, The Kraine Theater, The HOLLOWS Art Space and Tiger Strikes Asteroid Gallery. In Europe, her work has been performed in Lake Studios in Berlin, and the National Gallery in Prague.

Born in Paris in 1990, Samuel Boujnah completed his B.F.A at New York University Tisch School of the Arts with a double major in Film Production and Philosophy. During his studies, he directed “The Prayer of Man”, winning the NYU Jewish Film Festival in 2011, and “Hands Holding A Void”, winning the Audience Award at the “Semaine du Cinéma” Festival organized by Science Po Paris in 2012. Sam went on to work at the New York advertising agency Saatchi and Saatchi. He then worked for the Paris-based film production company STONE ANGELS, assisting producer Pierre-Ange Le Pogam (Le Fidèle, Cosmopolis, Comme des frères) on development. Along with Jim Gabaret, Sam wrote and directed the ARTE doc series “Ceci n’est pas graffiti”, on the origins of street-art in France, from the 1980s to present day. He also directed a long-form documentary for VICELAND, focusing on an Air Force jet fighter young woman running for Parliament elections in a rural and conservative constituency in the East of France, following Emmanuel Macron’s election in May 2017. The film will be released in May 2018. Samuel is currently developing new film projects, both in fiction and documentary, looking to capture moments of beauty and truth, wherever he finds it.

www.charlottecolmant.com
www.samuelboujnah.com

Duration: 4′

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Coreografia: Charlotte Colmant
Realização de vídeo: Samuel Boujnah

Resonance é um dueto de espelhamento entre dois dançarinos, presos no seu espaço pessoal. Os bailarinos ressoam um no outro, com se fossem a mesma pessoa, formando um eco desfocado do seu próprio corpo. O vídeo questiona o conceito de identidade, o perigo da intimidade. A câmara funciona como um elemento externo, mas ainda muito presente, como um olho “voyeurista”, criando uma tensão entre a legenda das imagens e os bailarinos em si.

Originalmente de Paris, Charlotte Colmant mudou-se para Nova Iorque, depois de se formar na Universidade de Sorbonne e Le Centre des Arts Vivants. Continuou os seus estudos de dança na Martha Graham School, na cidade de Nova Iorque. Como bailarina trabalhou com vários artistas, incluindo Linda Tegg (MOMA), Caleb Hammond (M.I.T.), LEIMAY e Sidra Bell. Alguns dos seus trabalhos coreográficos e de vídeo foram apresentados e interpretados em Nova Iorque no Muriel Schulman Theater (Triskelion Arts), Wild Project (THE CURRENT SESSIONS), Center for Performance Research, The Kraine Theater, The HOLLOWS Art Space e Tiger Strikes Asteroid Gallery. Na Europa, o seu trabalho tem sido apresentado nos Lake Studios, em Berlim, e a Na Galeria Nacional de Praga.

Nascido em Paris, em 1990, Samuel Boujnah tirou o seu bacharelato (BFA) na New York University Tisch School of the Arts com uma duplo major em Produção de filmes e Filosofia. Durante os seus estudos, realizou The Prayer of Man, tendo ganho o NYU Jewish Film Festival em 2011, e Hands Holding a Void, que foi distinguido com o Prémio da Audiência no Festival “Semaine du Cinéma” organizado por Science Po Paris em 2012. Posteriormente, Sam trabalhou na agência de publicidade Saatchi & Saatchi em Nova Iorque e Mais tarde na produtora cinematográfica STONE ANGELS, em Paris, como assistente do produtor Pierre-Ange Le Pogam (Le Fidèle, Cosmopolis, Comme des frères). Junto com Jim Gabaret, escreveu e realizou a série de documentários ARTE “Ceci n’est pas graffiti”, sobre as origens da arte de rua em França, a partir da década de 80 até aos dias de hoje. Também realizou um documentário longa-metragem para VICELAND, sobre uma jovem piloto de avião de caça da Força Aérea a concorrer ao Parlamento num círculo eleitoral rural e conservador, no Leste da França, acompanhando a eleição de Emmanuel Macron, em maio de 2017. O filme foi lançado em maio de 2018. Atualmente, Samuel está a desenvolver novos projetos cinematográficos, tanto em ficção como documentário, procurando capturar momentos de beleza e de verdade, onde os conseguir encontrar.

www.charlottecolmant.com
www.samuelboujnah.com

Duração: 4′

photo/foto Michael Mersereau
Archeology in Reverse
Molissa Fenley / Michael Mersereau |US|

Choreography and Performance: Molissa Fenley
Direction, Camera, Edition and Sound: Michael Mersereau

The videography responds to each site and its respective choreography; the feeling of space and body. Each site immediately suggested a choreographic response, whether it was the actual space of the tunnel effect of the colonnade or an emotional response, for instance a feeling for the lone trees in the courtyard. The choreographic and videographic decisions are influenced by the actual space and what might be contained within.

Molissa Fenley (1954) is a New York based choreographer and performer. She founded Molissa Fenley and Company in 1977 and has since created over 85 dance works during her career. She grew up in Nigeria and returned to the US in 1971 to study dance at Mills College. With her company and as a soloist working in collaboration with visual artists and composers, she has performed throughout the US, Canada, S. America, Europe, Australia, India, Indonesia and Japan. Her work has been commissioned by the American Dance Festival, Jacob’s Pillow, The Joyce Theater, Lincoln Center, the New National Theater of Tokyo, and others. Molissa has also created many works on ballet companies, is a Guggenheim Fellow, a Fellow of the American Academy in Rome and is a Professor of Dance at Mills. Seagull Press/University of Chicago recently published Rhythm Field: The Dance of Molissa Fenley.

Michael Mersereau (1977) is a multidisciplinary media artist and filmmaker. He is from the San Francisco Bay Area in Northern California, US and holds an MFA from Mills College (Oakland, California) and a BFA in Painting/Drawing from the California College of the Arts (San Francisco, California). Mersereau splits his time between San Francisco Bay Area and Montréal, Québec. He has exhibited in Canada, the U.S. and Mexico.

www.molissafenley.com
https://michaelmersereau.net

Duration; 4’18”

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Coreografia e Interpretação: Molissa Fenley
Realização, Câmara, Edição e Som: Michael Mersereau

A videografia reage a cada local e à sua respetiva coreografia; a sensação de espaço e corpo. Cada local sugeriu imediatamente uma resposta coreográfica, fosse o espaço real do efeito de túnel da coluna ou uma resposta emocional, por exemplo, um sentimento pelas árvores solitárias no pátio. As decisões coreográficas e videográficas são influenciadas pelo espaço real e o que pode estar contido dentro dele.

Molissa Fenley (1954) é uma coreógrafa e intérprete de Nova Iorque. Fundou Molissa Fenley and Company em 1977 e desde então criou mais de 85 obras de dança durante sua carreira. Cresceu na Nigéria e regressou aos EUA em 1971 para estudar dança no Mills College. Com a sua companhia e como solista, trabalhando em colaboração com artistas plásticos e compositores, tem atuado nos EUA, Canadá, América do Sul, Europa, Austrália, Índia, Indonésia e Japão. O seu trabalho foi encomendado pelo American Dance Festival, Jacob’s Pillow, The Joyce Theater, Lincoln Center, o Novo Teatro Nacional de Tóquio, entre outros. Molissa também criou muitas obras sobre companhias de ballet, é Fellow do Museu Guggenheim, Fellow da Academia Americana em Roma e professora de dança no Mills College. A Seagull Press/Universidade de Chicago publicou recentemente sobre a sua obra, Rhythm Field: The Dance of Molissa Fenley.

Michael Mersereau (n. 1977) é um artista multimédia multidisciplinar e cineasta. É de São Francisco, Bay Area, Califórnia do Norte, EUA, e tem um mestrado (MFA) do Mills College (Oakland, Califórnia) e um bacharelato (BFA) em Pintura/Desenho do California College of the Arts (São Francisco, Califórnia). Mersereau divide o seu tempo entre São Francisco, Bay Area, e Montréal, Québec. Já apresentou o seu trabalho no Canadá, EUA e México.

www.molissafenley.com
https://michaelmersereau.net 

Duração: 4’18”

photo/foto Marlene Millar
Pilgrimage 
Migration Dance Film Project | CANADA

Choreography: Sandy Silva
Video Direction: Marlene Millar

Pilgrimage reflects the profound human experience of renewal and solidarity through the process of a communal journey.  Through a complex series of Turkish usul patterns designed to ignite emotional states of journey and light, nine dancers and singers travel along parched roads and moonlit fields to find refuge in an abandoned place of worship. Together, choreographer Sandy Silva and filmmaker Marlene Millar use the nuanced dynamics, emotion and precision of percussive dance to shape a powerful cinematographic storyline. Pilgrimage is also a film in the Migration Dance Film Project, a series of short films reflecting on the universal theme and experience of migration and illustrating the complexity of transformative journeys. Each film explores an aspect of a migratory experience as the artists travel continuously with song, rhythm, movement and landscape carrying them along the way. These performances share stories of communal voyage and individual transformation and invite viewers along as fellow travellers.

Choreographer Sandy Silva is a pioneer and innovator of a very personal and original form of percussive dance. She has spent the last 25 years performing as a solo artist, teaching and touring around the world. Sandy has chosen artists from different disciplines to collaborate and create an artistic practice that moves beyond traditional body percussion.

With a background in contemporary dance and design, filmmaker Marlene Millar has been creating dance media projects for over 25 years. She has won numerous awards internationally for her films and continues to forge into new territory exploring stereoscopic 3d projections, VR and new platforms for creation and audience engagement. Marlene has a long history of creating works for and with visual artists as well as performing artists, and working in formats ranging from installation to broadcast. She is a dedicated mentor and instructor to emerging filmmakers and has an established career as a documentary filmmaker and editor.

www.marlenemillar.com 

Duration: 9’58”

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Coreografia: Sandy Silva
Realização: Marlene Millar

Pilgrimage reflete a profunda experiência humana de renovação e solidariedade através de um processo de viagem comunitária.  Através de uma série complexa de padrões usul da Turquia concebidos para despoletar estados emocionais de caminho e luz, nove bailarinos e cantores viajam ao longo de estradas ressequidas e campos iluminados pelo luar para encontrar refúgio num lugar de culto abandonado. Juntas, a coreógrafa Sandy Silva e a cineasta Marlene Millar usam a dinâmica matizada, a emoção e a precisão da dança percussiva para formar um poderoso enredo cinematográfico.

Pilgrimage é também um filme integrado no Migration Dance Film Project, uma série de curtas-metragens que reflete sobre o tema universal e a experiência da migração e ilustra a complexidade das viagens transformadoras. Cada filme explora um aspeto de uma experiência migratória, enquanto os artistas viajam continuamente com música, ritmo, movimento e paisagem, que os levam ao longo do caminho. Estas atuações partilham histórias de viagem comunitária e da transformação individual e convidam os espetadores a serem companheiros de viagem.

A coreógrafa Sandy Silva é pioneira e inovadora de uma forma e muito pessoal de dança percussiva. Passou os últimos 25 anos a atuar como artista solo, a ensinar e a percorrer o mundo em digressão. Sandy escolheu artistas de diferentes disciplinas para colaborar e criar uma prática artística que vai além da tradicional percussão corporal.

Com experiência em dança contemporânea e design, a cineasta Marlene Millar tem-se dedicado à criação de projetos multimédia de dança durante mais de 25 anos. Ganhou inúmeros prémios internacionalmente pelos seus filmes e continua a desbravar novos territórios, explorando as projeções 3D estereoscópicas, realidade virtual e novas plataformas de criação e envolvimento do público. Marlene tem uma longa história de criação de obras para e em colaboração com artistas plásticos e performativos, trabalhando em formatos que vão desde a instalação à difusão. É mentora e instrutora dedicada de realizadores emergentes e tem uma carreira consagrada como documentarista e editora.

www.marlenemillar.com 

Duração: 9’58”

photo/foto Rosa Linas
Terrain
Daniel Gwirtzman |US|

Choreography and Video Direction: Daniel Gwirtzman

Terrain, filmed in the desert region of Murcia, southern Spain, depicts a body in a vast mountainous landscape. It is a meditation on the environment, on the scarcity of water, of what it means to be indigenous to a land. The idiosyncratic choreography investigates gesture and form, transforming the body into a panorama of animalistic identities.

Daniel Gwirtzman, producer, director, educator, filmmaker and dancer–celebrates twenty-five years as a NYC choreographer and company director. His diverse repertory has earned praise for its humor, musicality, charisma and accessibility. “Gwirtzman does know that in dance less can be more. And that’s a good thing for any choreographer to know” writes The New York Times. The New Yorker describes him as a choreographer of “high spirits and skill.” He has created one hundred works known for their playful virtuosity. His choreography has received support from acob’s Pillow, La MaMa, The Joyce Theater, The Yard, Djerassi (CA), Sfakiotes (Greece), Raumars (Finland), Sacatar (Brazil), Maison Dora Maar (France), and Centro Negra (Spain).

https://www.danielgwirtzman.com 

Duration: 5′

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Coreografia e Realização: Daniel Gwirtzman

Terrain, que foi filmado na região de deserto de Múrcia, sul de Espanha, retrata um corpo numa vasta paisagem montanhosa. Trata-se de uma meditação sobre o ambiente, sobre a escassez de água, do que significa ser indígena numa terra. A coreografia idiossincrática investiga o gesto e a forma, transformando o corpo num panorama de identidades animalescas.

Daniel Gwirtzman, produtor, realizador, educador, cineasta e bailarino, celebra vinte e cinco anos como coreógrafo e diretor de companhia em NYC. O seu repertório diversificado tem colhido elogios pelo seu humor, musicalidade, carisma e acessibilidade. “Gwirtzman sabe que na dança menos pode ser mais. E isso é algo que todo o coreógrafo devia saber”, escreveu o New York Times. A New Yorker descreve-o como um coreógrafo bem humorado com grandes capacidades. Criou uma centena de obras conhecidas pela sua virtuosidade brincalhona. A sua coreografia tem recebido apoio de Jacob’s Pillow, La MaMa, The Joyce Theater, The Yard, Djerassi (CA), Sfakiotes (Grécia), Raumars (Finlândia), Sacatar (Brasil), Maison Dora Maar (França) e Centro Negra (Espanha).

https://www.danielgwirtzman.com 

Duração: 5′

photo/foto Abe Abraham
Salt Water
Abe Abraham |US|

Choreography and Video Direction: Abe Abraham

Salt Water explores the contrast between the force of natural events and our own need and desire for stability. The work opens with a sculptural mass of more than twenty dancers interlocked with bare curved backs that sway, rise and fall in wave-like motions. The spines ebb and flow just as organically and hypnotically as the tide without a single face revealed. As the momentum intensifies, we identify one face, and then another, and then another. We see tidal waves and riptides as dancers break from their intertwined huddle. One dancer reaches his arms over another’s head just as one wave would engulf the water below it. A second dancer expands her body, freeing herself from connection with the group like a wave crashing against a cliff. More and more dancers break free and reconnect, expand and collapse without any rhyme or reason, but with just as much majesty and mystery as the sea. 

Abe Abraham received his BFA in Dance from the Tisch School for the Arts at New York University. As the artistic director of Abanar, Mr. Abraham creates video-art works that feature dancers from some of the leading dance companies in the world, including New York City Ballet, Alvin Ailey, Complexions, Shen Wei, Stephen Petronio, and Dutch National Ballet. His work has been presented with the Dance Films Association, 92Y, Symphony Space, and Centre del Carme Cultura Contemporania. Film Festival selections include: Paris Art and Movie Awards (PAMA), Mexico City Video Dance Festival, International Film and Art Festival in Buenos Aires, InShadow, Videoskin, and Rome Independent Prisma Awards. Mr. Abraham’s most recent work “Salt Water” will be exhibited at the CICA museum in South Korea in January 2019. 

In my artistic practice, I work with the human body to create abstract sculptural forms that evolve over time. I seek to create a mass that transcends the individual. In “Salt Water”, the living sculpture responds to a dynamic range of conditions beyond its control, much in the way that weather patterns shift geological formations. We are drawn into the push and pull of a large mass, the swell of an anonymous crowd of interlocked bodies where individual identification is only a momentary glimpse. Beneath the abstract form, intimate human connections reside. For the viewer, this negotiation between a distant abstract surface and a face in close proximity evokes a stroke of empathy; a call from the depths that is once again swept away.

www.abanar.org

Duration: 5’45”

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Coreografia e Realização: Abe Abraham

Salt Water explora o contraste entre a força de eventos naturais e a nossa própria necessidade e desejo de estabilidade. O trabalho abre com uma massa escultórica de mais de vinte bailarinos interligados com as costas nuas e curvadas que balançam, sobem e descem em movimentos ondulatórios. As colunas fluem e reflúem de forma tão orgânica e hipnótica como a maré sem nunca se ver um rosto. À medida que o ritmo se intensifica, podemos identificar um rosto, e depois outro, e depois outro. Vemos ondas das marés e rebentação à medida que os bailarinos se libertam do amontoado entrelaçado. Um bailarino coloca os braços sobre a cabeça de outro como uma onda traga a água debaixo dela. Uma segunda bailarina expande o seu corpo, libertando-se de ligação com o grupo como uma onda a bater contra as rochas. Mais e mais bailarinos soltam-se e voltam a ligar-se, a expandir-se e a colapsar, com tanta magnificência e mistério como o mar. 

“Na minha prática artística, trabalho com o corpo humano para criar formas escultóricas abstratas que evoluem ao longo do tempo. Procuro criar uma massa que transcende o indivíduo. Em Salt Water, a escultura viva responde a um conjunto dinâmico de condições além do seu controlo, muito semelhante à forma como os padrões meteorológicos causam mudanças nas formações geológicas. Somos atraídos pelo empurrar e puxar de uma grande massa, a ondulação de uma multidão anónima de organismos interligados onde a identificação individual é apenas um vislumbre momentâneo. Sob a forma abstrata residem ligações humanas íntimas. Para o espetador, esta negociação entre uma superfície abstrata distante e um rosto em grande proximidade evoca um rasgo de empatia; um apelo das profundezas que é mais uma vez varrido para longe.”

Abe Abraham tirou o bacharelato (BFA) em Dança na Tisch School for the Arts na Universidade de Nova Iorque. Como diretor artístico de Abanar, Abraham cria trabalhos de videoarte que contam com a participação de dançarinos de algumas das principais companhias de dança do mundo, incluindo New York City Ballet, Alvin Ailey, Complexions, Shen Wei, Stephen Petronio e Ballet Nacional Neerlandês. O seu trabalho já foi apresentado na Dance Films Association, 92Y, Symphony Space, and Centre del Carme Cultura Contemporania. As seleções para Festivais de Cinema incluem: Paris Art and Movie Awards (PAMA), Mexico City Video Dance Festival, International Film and Art Festival em Buenos Aires, InShadow, Videoskin e Rome Independent Prisma Awards. O mais recente trabalho de Abraham “Salt Water” será exibido no museu CICA na Coreia do Sul em Janeiro de 2019. 

www.abanar.org

Duração: 5’45”

photo/foto Peter Pascucci
Quell
Anna Rose / Katie Sadler |US|

Choreography: Anna Rose
Video Direction: Katie Sadler
Performance:  Berit Ahlgren, Justin Faircloth 
Cinematography: Peter Pascucci 
Lighting: Lucas Sachs

Quell is a duet choreographed and conceived by Anna Rose, directed by Katie Sadler, and co-produced by the two.  It is a window into a love that has turned sour, where care has morphed into a beast of smothering, intense dependency. We watch as tenderness becomes something violent, and two souls struggle between the urge to escape, and the allure of surrendering to a familiar loop of toxic patterns.

Anna Rose is a contemporary dancer, choreographer, and singer, hailing from the Shawangunk mountains of New York.  She received her early dance training in a variety of classical, folk, and percussive dance forms, and has performed and taught extensively at festivals and venues across the U.S. with The Vanaver Caravan dance company. In 2013, she completed the Jose Limon Professional Studies Certificate Program, and in 2016, she graduated with her BFA in dance from NYU Tisch School of the Arts where she choreographed, presented, and performed numerous works.  Outside of NYU, Rose’s work has been presented at a variety of venues including Dixon Place (NYC), First Street Gallery (NYC), Florence Dance Festival (Italy), Betonest (Germany), and White Mountain Dance Festival (NY).  Rose has appeared at a variety of venues, including Lincoln Center and Jacobs Pillow, and at NYU and beyond, has danced for choreographers such as Luke Murphy, Maxine Doyle, Netta Yerushalmy, Vita Osojnik, Gregory Dolbashian, Sandy Silva, Jeanne Bresciani (IDII), Elizabeth Coker, Kay Cummings, and Kyle Mullins Moving Arts.  Rose is currently based in Berlin, where she freelances, creates, and continues to enrich her own practice through study with a variety of international artists.

Katie Sadler is a documentary, narrative, and short-form storyteller who graduated from NYU’s Tisch School of the Arts in 2017. With a BFA in film & television production and a minor in dance, she practices multiple artistic disciplines and combines them in any way that she can. Sadler has worked with companies including Columbia Records, Red Bull, MacGuffin Films, PBS, Nylon, NBC and is now working as a producer at Buzzfeed. While directing documentaries and music videos is her main passion, Katie also edits, produces, and shoots a variety of projects and is a lover of all forms of storytelling.

www.annarose.dance
https://katie-sadler.com

Duration: 6’46”

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Coreografia: Anna Rose
Realização: Katie Sadler
Interpretação: Berit Ahlgren, Justin Faircloth 
Cinematografia: Peter Pascucci 
Luzes: Lucas Sachs

Quell é um dueto concebido e coreografado por Anna Rose, com realização de Katie Sadler e coprodução de ambas.  É uma janela para um amor que azedou, onde o carinho se transformou numa besta de intensa dependência sufocante. Vemos como a ternura se transforma em algo violento e duas almas lutam entre o desejo de escapar e o fascínio de se renderem a um ciclo conhecido de padrões tóxicos.

Anna Rose é bailarina e coreógrafa de dança contemporânea e cantora, oriunda das montanhas Shawangunk de Nova Iorque.  A sua formação inicial em dança compôs-se de uma variedade de formas de dança clássica, folk e percussiva, tendo atuado e lecionado extensivamente em festivais e espaços nos EUA com a companhia de dança Vanaver Caravan. Em 2013, completou o Jose Limon Professional Studies Certificate Program e, em 2016, concluiu o bacharelato (BFA) em dança pela NYU Tisch School of the Arts, onde coreografou, apresentou e interpretou inúmeras obras.  Fora da NYU, o trabalho de Rose tem sido apresentado em inúmeros espaços, incluindo Dixon Place (NYC), First Street Gallery (NYC), Florence Dance Festival (Itália), Betonest (Alemanha) e White Mountain Dance Festival (NY).  Rose atuou em inúmeros espaços, incluindo o Lincoln Center e Jacobs Pillow, dançou sob a direção de coreógrafos como Luke Murphy, Maxine Doyle, Netta Yerushalmy, Vita Osojnik, Gregory Dolbashian, Sandy Silva, Jeanne Bresciani (IDII), Elizabeth Coker, Kay Cummings e Kyle Mullins Moving Arts.  Rose reside atualmente em Berlim, onde trabalha como freelance, cria e continua a enriquecer a sua própria prática através do estudo com uma variedade de artistas internacionais.

Katie Sadler realiza documentários, narrativas e criadora de curtas histórias, diplomada pela NYU’s Tisch School of the Arts em 2017. Com um bacharelato (BFA) em produção cinematográfica e televisão e um minor em dança, pratica várias disciplinas artísticas, combinando-as de todas as formas que consegue. Sadler trabalhou com companhias como Columbia Records, Red Bull, MacGuffin Films, PBS, Nylon, NBC e, atualmente trabalha como produtora no Buzzfeed. Embora a realização de documentários e vídeos de música seja a sua principal paixão, Katie também edita, produz e filma uma variedade de projetos e é amante de todas as formas de contar histórias.

www.annarose.dance
https://katie-sadler.com

Duração: 6’46”

photo/foto Malvina-Nikoletta Androni
Her Gaze
Malvina-Nikoletta Androni |GR|

Choreography and Video Direction: Malvina – Nikoletta Androni

Her Gaze was created as a comment on the relationship of a choreographer and a dancer. The choreographer whose voice we hear, gives orders to the dancer, who, in turn, executes them. The camera, representing the choreographer’s gaze, operates close to the dancer’s body, depicting every wanted detail, giving new meaning to it, depriving it from its right of self-identification.

Malvina – Nikoletta Androni, was born in 1990 in Athens and grew up in Athens and Luxembourg. She is a graduate of the Architecture school of University of Patras and of the Msc “Design of Interactive and Industrial products and systems” of the Products and System design engineering department of University of the Aegean. 

She started dancing in 1994. She has participated in dance, choreography, theater and voicing workshops with: Angeliki Stellatou, Michael Klien, Maria Hassabi, Benno Voorham, Konstantin Michos, Aria Boumpaki, Lenio Kaklea, Niskria- Elena Kazantzidi, Libby Farr, Giannis Antoniou, Tasos Karachalios, Alexis Fousekis, Iliana Kalapotharakou, Rakesh Sukesh, Kristina & Sadé Alleyne etc.

Her research concerns the effect of the gaze but also the intervention over a performer’s actions, live improvisation and interaction. Her choreographic works include “Sunday Visit to Uncle Sigmund’s”, part of the Music in Motion 2018 Festival, Athens; “Reminiscence of an Imitation” (2018), part of the Unit Motives: Cage festival, Vitruvian Thing, Thessaloniki; “Her Gaze” (2017) videodance, presented at the Athens Video Dance Festival 2017 and in Dance Days Chania 2018; “The Gaze of the Other” (2016), presented at the First Young Choreographers festival, To treno sto Rouf, Athens.

Duration: 6’50”

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Coreografia e Realização: Malvina – Nikoletta Androni   

Her Gaze foi criado como um comentário sobre a relação entre uma coreógrafa e uma bailarina. A coreógrafa, cuja voz ouvimos, dá ordens à bailarina, que, por sua vez, as executa. A câmara, que representa o olhar da coreógrafa, filma próxima do corpo da bailarina, retratando cada detalhe desejado, dando-lhe um novo significado, privando-o do direito de autoidentificação.

Malvina – Nikoletta Androni, nasceu em 1990, em Atenas, e cresceu em Atenas e no Luxemburgo. Diplomou-se na Escola de Arquitetura da Universidade de Patras e fez Mestrado em Design de Produtos e Sistemas Industriais Interativos do departamento de engenharia de design de produtos e sistemas da Universidade do Egeu. Começou a dançar em 1994. Participou em workshops de dança, coreografia, teatro e expressão verbal com: Angeliki Stellatou, Michael Klien, Maria Hassabi, Benno Voorham, Konstantin Michos, Aria Boumpaki, Lenio Kaklea, Niskria- Elena Kazantzidi, Libby Farr, Giannis Antoniou, Tasos Karachalios, Alexis Fousekis, Iliana Kalapotharakou, Rakesh Sukesh, Kristina & Sadé Alleyne etc.

A sua investigação diz respeito ao efeito do olhar, mas também a intervenção sobre as ações, a improvisação ao vivo e a interação de um artista. Os seus trabalhos coreográficos incluem Sunday Visit to Uncle Sigmund’s, apresentado no Festival Music in Motion 2018, Atenas;  Reminiscence of an Imitation (2018), parte de Unit Motives: Cage Festival, Vitruvian Thing, Thessaloniki; Her Gaze (2017) videodança, trabalho apresentado no Festival de Videodança de Atenas 2017 e no Dance Days Chania 2018; The Gaze of the Other (2016), apresentado no Festival de Estreia de Novos Coreógrafos, To )Treno sto Rouf, Atenas.

Duração: 6’50”

photo/foto Dehors Audela
Vacuum 
Dehors/Audela | IT |

Choreography: Elisa Turco Liveri
Video Editor: Salvatore Insana 

Vacuum was born from the visual crossing of a space-time, industrial archaeology at the height of its regressive splendour. Vacuum is the encounter and clash between the hollow belly of this prefabricated giant and a body trained to experience itself outside the designated spaces.

Dehors/Audela is an artistic duo formed by Elisa Turco Liveri (performer, choreographer) and Salvatore Insana (videomaker, photographer, director).

D/A is a collective in which visual arts and performing arts merge as a sign of continuous research, in which the different artistic codes, while maintaining their specificity, at the same time become capable of generating new forms of expression. In collaboration with the light designer Giovanna Bellini and the musician and sound artist Giulia Vismara, and in the constant attempt to overcome genres, places and unconventional tools, they have given life to video-theatrical works, dance performances, audiovisual research projects, urban and photographic installations, experimental workshops.

http://www.dehorsaudela.com

Duration: 3’30”

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Coreografia: Elisa Turco Liveri
Realização: Salvatore Insana 

Vacuum nasceu do cruzamento visual de espaço-tempo, arqueologia industrial no auge do seu esplendor regressivo. Vacuum é o encontro e confronto entre o ventre oco deste gigante pré-fabricado e um corpo treinado para se sentir fora dos espaços designados.

Dehors/Audela é um duo artístico formado por Elisa Turco Liveri (intérprete, coreógrafa) e Salvatore Insana (realizados de vídeos, fotógrafo, realizador).

É um colectivo em que artes visuais e as artes performativas se unem como um sinal de investigação contínua, na qual  diferentes códigos artísticos, ao mesmo tempo que mantêm a sua especificidade, tornam-se capazes de gerar novas formas de expressão. Em colaboração com a iluminadora Giovanna Bellini e a música e artista de som Giulia Vismara, e na constante tentativa de superar géneros, lugares e ferramentas não convencionais, deram vida a obras teatrais de vídeo, espetáculos de dança, projetos de investigação audiovisual, instalações urbanas e fotográficas, workshops experimentais.

http://www.dehorsaudela.com

Duração: 3’30”

photo/foto Sharona Florsheim
Fragile Formation
Sharona Florshiem |IL|

Choreography and Video Direction: Sharona Florsheim

Fragile Formation is both a durational performance and a live granular-material experiment that explores the phenomenon of spontaneous self-assembly and the transition between order and disorder. In a Petri dish enlarged to the dimensions of a human body, human movement replaces laboratory mechanical mixing and generates dynamic ordering in 600 glass spheres. The intimate interaction between the human body and the objects creates a multi- layered composition and a continually changing sculpture. The traces of the human movement are embedded within the diverse arrangements of the spheres, leaving a physical “memory” imprint of the performance as it progresses. Fragile Formation is one of the many outcomes of an ongoing multidisciplinary collaboration between artists and scientists: Dr. Jennifer Galanis, choreographer Sharona Florsheim, photographer and installation artist Tal Yizrael, Prof. Daniel Harries – the members of SASA (Self-Assembly Science and Art group). The joint research, which began as part of the Nano Art Lab project initiated by the Hebrew University of Jerusalem, incorporates live experiments, performances, and video screenings in different venues including: The Hebrew University of Jerusalem; Habitat III – The UN Conference on Housing and Sustainable Urban Development in Ecuador; Lunada Children’s Museum in Beer-Sheva, Israel; The OECD conference on Urban Planning 2017 in Paris; Suzanne Dellal Center in Tel Aviv; Madatech –Israel National Museum of Science Technology and Space in Haifa, Israel, and more.

The video art Fragile Formation 3.14 won the first prize in Xcection science dance and film festival 2018 Boston, U.S.A

Sharona Florsheim is a choreographer and improvisation artist based In Israel. In her choreographic work she brings together complex structures of improvisation and set choreography, emphasizing the relationships formed in real time between space, performers, and audience. Since 2001 Sharona has created for stage and public spaces and presented her work in Europe, Africa and regularly in Israel. In recent years she has been involved in a number of multidisciplinary art and science projects, as a creator and curator. Sharona graduated from the School of Visual Theater (Jerusalem), holds a BA in psychology (Haifa University) and an MA in choreography from ArtEZ Institute of the Arts, Holland.

www.sharonaflorsheim.com 

Duration: 3’14”

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Coreografia e realização: Sharona Florsheim

Fragile Formation é tanto uma interpretação duracional como uma experiência material granular que explora o fenómeno de ajuntamento espontâneo e automático e a transição entre ordem e desordem. Numa placa de Petri ampliada para as dimensões de um corpo humano, o movimento humano substitui a mistura mecânica no laboratório e gera a ordenação dinâmica de 600 esferas de vidro. A interação íntima entre o corpo humano e os objetos cria uma composição em várias camadas e uma escultura continuamente em mudança. Os vestígios do movimento humano estão incorporados nos diversos ajuntamentos das esferas, deixando uma marca de “memória” física da interpretação à medida que progride. Fragile Formation é um dos muitos resultados de uma colaboração multidisciplinar contínua entre artistas e cientistas: Dr. Jennifer Galanis, coreógrafa Sharona Florsheim, fotógrafa e artista de instalações Tal Yizrael, Prof. Daniel Harries – os membros do grupo SASA (Self-Assembly Science and Art). A investigação conjunta, que começou como parte do projecto Nano Art Lab iniciado pela Universidade Hebraica de Jerusalém, incorpora experiências, performances e projeções de vídeo ao vivo em diferentes locais, incluindo: A Universidade Hebraica de Jerusalém Habitat; III – A Conferência das Nações Unidas sobre Habitação e Desenvolvimento Urbano Sustentável no Equador; Lunada Children’s Museum em Beer-Sheva, Israel; a Conferência da OCDE sobre Planeamento urbano, em 2017, Paris; Suzanne Dellal Center em Tel Aviv, Madatech – o Museu Nacional de Ciência, Tecnologia e Espaço de Israel, em Haifa, Israel, etc.

O vídeo Fragile Formation 3.14 ganhou o primeiro prémio no Xcection, Festival de Ciência, Dança e Cinema de Boston, EUA, em 2018.

Sharona Florsheim é uma coreógrafa e artista de improvisação baseada em Israel. No seu trabalho coreográfico reúne estruturas complexas de improvisação e coreografia, enfatizando as relações formadas em tempo real entre o espaço, os artistas e o público. Desde 2001, Sharona tem realizado criações para o placo e espaços públicos e apresentou o seu trabalho na Europa, África e regularmente em Israel. Nos últimos anos tem estado envolvida numa série de projetos de arte e ciência multidisciplinares, enquanto criadora e curadora. Sharona formou-se da School of Visual Theater (Jerusalém), tem um bacharelato (BA) em psicologia (Universidade de Haifa) e um mestrado (MA) em coreografia do ArtEZ Institute of the Arts, Holanda.

www.sharonaflorsheim.com 

Duração: 3’14”

Total duration: 55′ 
Free access, except October 1st session, *reserved for F.M.H. students

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Duração total: 55’
Livre acesso, exceto sessão de dia 1 de outubro, *reservada a estudantes da F.M.H.