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Mais uma vez vamos animar o concelho de Almada com a comunicabilidade e diversidade da dança contemporânea.
Não apenas companhias formais, mas também a abertura com um trabalho fascinante produzido pela Vo’Arte sobre a cegueira com a participação de intérpretes invisuais que nos levará ao partilhar de um universo particular.
Um jovem coreógrafo nacional, Diniz Sanchez, que iniciou o seu trabalho profissional na Companhia de Dança de Almada, apresenta-se agora num projecto internacional com uma companhia francesa. Deixemos que a nossa curiosidade sobre esta cooperação internacional nos afecte e motive para ver um espectáculo que certamente nos irá surpreender.
A Companhia de Dança de Almada apresenta-se mais uma vez ao público que desde há tanto tempo a apoia. Duas novas criações de estilos distintos, mas em que a técnica e qualidade interpretativa dos seus bailarinos será particularmente valorizada.
Na Plataforma Coreográfica Internacional, que já nos habituámos a ver como uma montra sobre o universo da dança contemporânea internacional, a presença de cerca de 25 coreógrafos de mais de 20 países contribuirá para o nosso enriquecimento cultural, mas também para o prazer de nos deixarmos seduzir pelo movimento dos corpos e por sentimentos e emoções que não conhecem fronteiras.
Numa ligação com as preocupações sociais que afectam o nosso planeta, um dos espectáculos deste festival corresponderá ao apelo das Organização das Nações Unidas para a solidariedade com as vítimas das formas contemporâneas de escravatura, a que foi dedicado o ano de 2004. O coreógrafo hoje em dia não se isola dos problemas sociais e neste caso teremos a apresentação de cinco trabalhos dedicados a esta questão que infelizmente ainda afecta a sociedade actual, naturalmente sujeito a diferentes interpretações formais e temáticas.
A preocupação com a criação de novos públicos levou-nos este ano a organizar uma exposição de desenhos infantis sobre a dança, que será complementada por uma conferência dedicada precisamente à relação das crianças com este tipo de espectáculo, de forma a evidenciar o interesse manifesto pela criança e a importância da dança na sua formação global. Paralelamente, a realização de ateliers de dança para crianças virão introduzir a prática da dança como algo de fundamental.
Neste contexto apresentaremos também diversas aulas e ateliers abertos à comunidade. A presença entre nós de um grande número de profissionais desta área poderá assim ser aproveitada da melhor maneira.
O “Encontro Internacional para a Promoção da Dança Contemporânea”, organizado em colaboração com o Departamento de Dança da FMH, e especialmente dedicado a profissionais e promotores desta área, será aberto a todos os interessados, e constituirá uma excelente oportunidade para, em conjunto, reflectirmos sobre problemas, necessidades e ambições que temos relativamente ao desenvolvimento e projecção desta forma de expressão artística.